segunda-feira, 28 de abril de 2008

missao cançao nova

a cancao nova é uma comunidade a serviço da evangelizaçao nao é uma fundaçao de fins lucrativos por isso poucos sao os"Hipocritas que duvidam de sua dignidade". kelvin martins-sócio colaborador cancao nova.
A missão da Canção Nova nos meios de comunicação começou com o grande desafio que nos foi lançado pelo Papa Paulo VI em seu pontifício documento Evangelii Nuntiandi de 1975.
A Canção Nova é uma Comunidade Católica que tem como objetivo principal "a evangelização através dos meios de comunicação": TV, Rádio, Internet e também por meio dos produtos do departamento de audiovisual - DAVI, nas produções e comércio de livros, CDs, vídeos, entre outros materiais, os quais são todos destinados à evangelização. O Sistema Canção Nova é mantido pela "Fundação João Paulo II" - entidade sem fins lucrativos, a qual tem como fonte de recursos financeiros as doações dos associados ao Clube do Ouvinte, sendo assim caracterizada como uma obra que subsiste pela "Divina Providência". A Canção Nova busca restaurar a dignidade da família - "célula-mãe" da sociedade, priorizando o trabalho de formação espiritual de "homens novos para um mundo novo". Inaugurada em 25 de maio de 1980, a Rádio Canção Nova através das faixas AM, FM, SW1, SW2 tem evangelizado através de uma programação sem propaganda comercial, a qual empenha-se em levar aos ouvintes informações, cultura, educação e formação espiritual através de uma programação dinâmica e variada. Somos uma rádio familiar que deseja levar a proposta de uma nova vida ao mundo. Em 8 de dezembro de 1989, a TV Canção Nova torna-se uma realidade no Brasil, a qual atualmente conta com 5 produtoras instaladas nas cidades de: Cachoeira Paulista-SP, Aracaju-SE, Rio de Janeiro-RJ e Brasília-DF. A TV Canção Nova atinge todo o território nacional com seus sinais através de antenas parabólicas, 127 operadoras de TV a cabo e 396 retransmissoras. O sinal da TVCN consegue ainda atingir o continente americano, a Europa Ocidental, a África do Norte e Oriente Médio através do sistema de satélites e TVs a cabo. Sem perder o propósito original de sua inauguração e existência, ou seja a evangelização, a TV Canção Nova apresenta uma programação onde o profissionalismo e a criatividade são fundamentais.O progresso dessa obra também é viabilizado pela interatividade entre todos os seus sistemas de comunicação. Pois acompanhando os avanços tecnológicos, a Canção Nova reconhece a importância da Internet como um grande meio de comunicação, o qual possibilita essa interação. Percebendo a utilidade dessa poderosa ferramenta que Deus nos concede para a evangelização, a Canção Nova tem se aplicado no cumprimento desse objetivo com lealdade. O Portal Canção Nova - www.cancaonova.com, que conta atualmente em média 3.000.000 de acessos mensais, tem levado através da Internet a "Palavra de Deus" a todas as pessoas do mundo.

arancados das trevas-mons.jonas abib-comunidade cancao nova


Foto: Wesley / Fotos CN
Todo aquele que é escolhido pelo Pai para levar e ser instrumento da sua misericórdia, precisa experimentar desta misericórdia.A misericórdia do Pai é o próprio Jesus e foi por isso que o Pai enviou o seu Filho e deixou que Ele derramasse todo o seu sangue por nós. Então é preciso que experimentemos a misericórdia do Pai, é necessidade nossa irmos sentindo a misericórdia d'Ele em nossas vidas, para que assim sejamos possuídos por ela.Nós estamos nos tempos da misericórdia e percebemos a aproximação do Senhor.Neste tempo, joio e trigo já estão manifestos e nós vemos que hoje o joio está altivo, ousado e fazendo um grande estrago, não mais do que antes, porém hoje mais manifesto. Mas, ao mesmo tempo, o trigo está se levantando cada dia mais, é necessário que digamos: “Eu sou trigo, Senhor, e eu quero ser trigo. Não quero me misturar, Senhor, não quero ser nada de joio, nunca ter nada de joio, porque o Senhor me fez trigo. Eis- me aqui, Senhor”.O mal ficou mais claro, pois ele não está mais escondido, foi iluminado pela luz do Senhor e ele se manifestou. E isso nos chama atenção e muitos de nós pensamos que ele [mal] está vencendo, porém, isso não é verdade, ele não está vencendo. Mas nós o vemos, porque graças a Deus as trevas foram iluminadas pela luz. É necessário que queiramos ficar longe do joio e próximos da misericórdia do Senhor.A luz do Senhor ilumina as trevas e é por isso que devemos combatê-las. No entanto, sozinhos não somos capazes de lutar contra elas [trevas], por isso precisamos pedir a graça de Deus.A Palavra do Senhor por intermédio de Paulo nos diz:“Sede contentes e agradecidos ao Pai, que vos fez dignos de participar da herança dos santos na luz.” (Colossenses 1, 12)Devemos ficar contentes e agradecidos porque o Senhor nos fez participar da herança dos santos na luz, pois não éramos dignos dela antes. Mas o Senhor nos fez dignos para participarmos desta herança dos santos, na luz d'Ele. A nossa fé, a nossa esperança, os nossos sentimentos muitas vezes são oprimidos, porém é necessário um redespertar e mais ainda: deixar que o Espírito Santo redesperte em nós esta gratidão e esta alegria, porque o Senhor nos fez dignos de participar da herança dos santos na luz. Continuando em Colossenses capítulo 1, versículo 13, podemos ler o seguinte:“Ele nos arrancou do poder das trevas e nos introduziu no Reino de seu Filho muito amado.”A palavra “arrancou” demonstra força, violência, e Deus nos arrancou do poder das trevas para que fôssemos salvos.Não sei em que grau você viveu nas trevas, muitos viveram em trevas profundas, muitos de nós estávamos jazendo nas trevas e nas sombras da morte. Pode ser que você ainda esteja vivendo nas trevas e nas sombras da morte, mas a grande misericórdia o está envolvendo, você não estava percebendo isso, mas não somente a presença de Deus, também a ação da misericórdia está em você. Porém, você deve estar atento a essa misericórdia, pois você é do Pai, você é Filho do Pai, você é cidadão do céu!O que aconteceu, foi aquilo que encontramos no Evangelho de São João capítulo 10, versículo 10, no qual vemos que o ladrão veio para roubar e houve momentos em que ele, o demônio, veio e roubou você do Pai, pois o inimigo veio para roubar e matar você. E é por isso que você acabou jazendo nas trevas e nas sombras da morte.Mas, você, pela graça de Deus, não morreu fisicamente, mas talvez tenha morrido espiritualmente, você ficou fora, longe da graça de Deus e apesar de a Misericórdia de Deus o estar envolvendo, você não percebe e não se deixa envolver por ela, por isso você jaz nas trevas, mas hoje o Senhor quer dar um fim a isso.
'Deus nos arrancou do poder das trevas', diz Monsenhor Jonas Abib
Deus está arrancando você agora do poder das trevas e o está transladando para o Reino do seu Filho muito amado. Ele está passando você de um lado para o outro. Pode ter acontecido algo, você estava no Senhor, vivia no Senhor, era possuído pela Misericórdia do Senhor, você trabalhava para o Senhor e rezava e O adorava, mas o ladrão é astuto e por alguma brecha ele entrou e roubou você, e agora ele quer levar você para as trevas e as sombras da morte. Mesmo você tendo conhecido a luz.Você, meu filho, você, minha filha, precisam aceitar a Misericórdia do Pai, que é o próprio Jesus, que faz como aquele samaritano. Veja que o homem a quem o samaritano ajudou, saiu de Jerusalém, que era a cidade de Deus e ele seguiu para Jericó, que era a cidade do comércio, do dinheiro, dos prazeres e já no caminho os ladrões o atacaram, bateram nele a ponto de o deixarem semi-morto ali no caminho.Se você está nesta situação, saiba que hoje o Senhor faz como aquele bom samaritano, Ele pára diante de você, se debruça sobre você, pois Ele veio mais uma vez em seu auxilio, Ele veio, uma, duas e tantas outras vezes forem necessárias. Porém uma dessas pode ser a última vez... Não espere a última vez em que o Senhor venha e tenha misericórdia de você. Jesus hoje está agachado e para ficar pertinho Ele se debruça sobre você, pois Ele está disposto a cuidar de você. Mas é preciso somente uma coisa: a sua vontade, a sua decisão.Jesus pode estar pronto para derramar o Espírito Santo e para derramar o seu Sangue sobre você, só que Ele não faz isso sem você querer, sem você permitir. O oladrão faz o que ele quer, ele não respeita sua liberdade, mas Jesus não é assim, o Senhor respeita a sua liberdade. Hoje é o dia de você usar de sua liberdade e jogar-se nos braços de Jesus. E se você estiver como aquele homem, jogado no chão, machucado, ferido, não conseguindo nem se levantar, levante seus braços e levante o seu olhar ao Senhor, pois Ele ajudará você!É preciso aceitarmos Jesus como o Senhor de nossas vidas, deixarmos as rédeas da nossa vida nas mãos d'Ele. É necessário nos entregarmos a Jesus e acreditarmos na salvação que Ele nos dá.
Transcrição: Flávio Costa
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sexta-feira, 25 de abril de 2008

exemplo de santidade falecido pe.vitor

Pe. Vítor ensinou e evangelizou muita gente ao longo do tempoHoje vamos publicar um testemunho bem diferente daqueles que geralmente falam da graça de cura de doença, de emprego conseguido ou de união da família, alcançada pela intercessão do Pe. Vítor Coelho. Desta vez trata-se de uma graça muito especial. O testemunho é de Santina Marques, de Dracena (SP), que nos diz como aprendeu a amar Nossa Senhora e a Palavra de Deus com o Pe. Vítor Coelho. Para ela a mensagem da “Hora da Consagração” era uma verdadeira aula e ela comportava-se como boa aluna, tomando nota do ponto principal da aula do dia. E suas anotações lhe são valiosas até hoje, para sua reflexão espiritual e para tomar ânimo e coragem nas dificuldades da vida. Assumiu seu dever cristão de evangelizar o próximo com palavras e exemplos. Este é seu testemunho enviado no dia 14 de setembro de 2007: “Sou Devota de Nossa Senhora Aparecida desde pequena; aprendi a ser devota com o saudoso Pe. Vítor Coelho. Lembro-me que ouvia todos os dias, às 15 horas, na Rádio Aparecida, a Consagração a Nossa Senhora Aparecida rezada pelo Pe. Vítor. Aprendi muito com ele. Ainda hoje conservo um caderno onde escrevi tudo o que ele falava. Guardo este caderno com todo o amor e leio sempre que me sinto triste e necessitada de coragem. Quando leio é como se eu estivesse ouvindo o próprio Pe. Vítor falando. Cresci amando a Deus e a Nossa Senhora Aparecida, graças aos ensinamentos do Pe. Vítor Coelho. Hoje tenho 35 anos, sou casada, sou uma mulher evangelizadora e realizada. Para mim Pe. Vítor é um santo que sempre intercede por nós.”CONHECENDO PADRE VÍTOREm 1911, o cônego internou o menino no Colégio Redentorista de Santo Afonso, em Aparecida. Seu pai ao receber essa notícia converteu-se, voltando à prática religiosa. Aconselhado por amigos, o Sr. Leão havia feito uma promessa a Nossa Senhora Aparecida para conseguir colocar seu filho num Colégio. No Seminário Santo Afonso, levado pelo exemplo dos seminaristas e tocado pela graça de Deus, Vítor mudou de comportamento e, embora tivesse sido colocado no Seminário sem a vontade de ser padre, decidiu seguir e ser Missionário Redentorista. Após os estudos, recebeu o hábito Redentorista no dia 1º de agosto de 1917 e fez os votos religiosos na Congregação dos Missionários Redentoristas, após o ano de Noviciado, em 2 de agosto de 1918, na cidade de Perdões (SP). Iniciou os estudos superiores em Aparecida, continuando-os na Alemanha, para onde viajou em 1920. Foi ordenado padre em Gars am Inn, a 5 de agosto de 1923, voltando para o Brasil em setembro de 1924

saúde religiosa

Vamos hoje dar uma guinada no assunto saúde e religião. Abordaremos diretamente o que seria uma saúde religiosa.Podemos imaginar o ser humano um composto de quatro elementos básicos, ou quatro realidades.1 - Somos uma realidade biológica, portanto, física, material. Hoje todos falam em genes, genética e até na engenharia genética. Isso quer nos dizer que o organismo pode ser trabalhado, planejado e montado por cientistas, como se fossem engenheiros a trabalhar em uma máquina. Enquanto um organismo somos em grande parte resultado dos genes herdados de nossos antepassados.2 - Somos também uma realidade psíquica. Como tal constituímos um mundo de pensamentos, emoções, esperanças e frustrações, realizações, confiança, crenças, descrenças, amor, desejos, necessidades, medos... Fala-se do mundo psico-social próprio de cada pessoa, querendo acentuar a diversidade, a riqueza e a grandeza desta realidade humana.3 - Não é possível negar que em nós existe uma estrutura relacional-social. Relações de amor, amizade, família, clube, profissionais e muitas outras são necessárias.4 - Por fim, o ser humano é também espírito, independente de ter ou não ter religião. Um ateu continua sendo espiritual. Aliás, como percebem, prefiro dizer que somos corpo, somos espírito, ao invés de dizer que temos isto ou aquilo.Ora, cada uma destas quatro dimensões do ser humano pode gozar de mais saúde, ou ser mais doente. É fácil falar de doenças, ou saúde física, ou orgânica, como também se generalizou a idéia de doenças psíquicas. Aos poucos começamos a admitir patologias em nosso ser relacional-social. Existem pessoas socialmente doentes. São as que não conseguem desenvolver sentimentos e noções de solidariedade básica pelo outro, de respeito pela vida e pelos direitos fundamentais de qualquer pessoa humana e de compaixão pelo sofrimento do irmão. Esses indivíduos são chamados sociopatas e a lista de seus males encheria livros.É mais raro falar em saúde ou enfermidade espiritual. Os antigos referiam-se muito a doenças da alma. Mas em geral isso confundia-se com o que hoje classificamos como problemas psicológicos.Considero uma pessoa espiritualmente saudável quando ela tem consciência de que é também um ser espiritual e consegue relacionar-se bem com os outros seres espirituais, principalmente com outros seres humanos e com Deus.Fé é sem dúvida elemento-chave da saúde espiritual. É importante notar que a fé tem conteúdo que pode variar de pessoa para pessoa. Depende do tipo de Ser Superior no qual cremos. Há pessoas que acreditam apenas na existência de Deus mas não imaginam uma relação salvadora de Deus conosco, nem na vida além da morte. Tal crença tem pouca conseqüência sobre a vida que o indivíduo leva. Não chega ao que Jesus chama de fé.Fé é crença e também engajamento nos projetos do Pai revelados em Jesus. Isto passa a ser um objetivo grandioso e preenche toda a nossa existência de significado, de razão-de-ser e de esperança. Todos temos necessidade de objetivos e sentido para nossa vida e esperança.Quando o Deus no qual cremos é o Deus revelado por Jesus, o Deus que ama até à morte cada criatura humana, mesmo que seja a mais pecadora, então nossa vida chega à plenitude de seu sentido e torna-se realmente segura.Ora, podemos definir saúde como a sensação de bem-estar geral de todo o nosso ser. E nada no mundo pode dar-nos uma sensação tão completa e duradoura de bem-estar e segurança como o Pai de Jesus e nosso Pai do céu.

que liçoes podemos tirar da invasao do iraque...

São Paulo, 25/04/2008,



Por Dr. Frei Antônio Moser (*) Passaram-se 5 anos desde que as tropas norte americanas invadiram o Iraque. Com uma honestidade admirável os USA publicam que deram sepultura digna a uns quatro mil compatriotas seus. Admitem até que os “civis” iraquianos mortos não ultrapassariam em muito a casa dos 100 mil. Como também admitem que, considerando-se apenas o ângulo financeiro, esta guerra está custando caro: alguns trilhões de dólares. Uns a mais ou a menos dependem de como são calculados os custos. E o presidente Bush, comemora: custou, mas estamos conseguindo o que queríamos.
Em si a assertiva do Bush não é forçosamente falsa: estão conseguindo o que queriam. Só que não fica explícito o que realmente queriam. Oficialmente tratava-se de acabar, de vez com o terrorismo. Mas certamente, além da necessidade de usar armas estocadas e movimentar a grande indústria bélica, motor primordial da economia, há outros interesses em jogo. Do que hoje ninguém mais pode duvidar é de que, para justificar a invasão, foi feita uma montagem tão primorosa que convenceu quase todo mundo sobre a nobreza da ação. Só sobraram interrogações no que se refere ao verdadeiro móvel de tudo: muita maldade, muita esperteza, ou paranóia, capaz de transformar qualquer ser humano em inimigo em potencial e justificar qualquer tipo de ação considerada “preventiva”.
O fato é que um ano após a invasão todo o mundo já tinha certeza de que as terríveis armas biológicas e bacteriológicas atribuídas a Saddam nunca existiram. Elas foram, literalmente, “construídas” para justificar uma guerra injustificável. Ou então, melhor dito, elas existiam e continuam existindo, mas em outros territórios. Entretanto, esta guerra possibilita que se extraia dela algumas lições. Vamos nos limitar a uma lição por cada ano.
Primeira lição: Nunca exaltamos suficientemente as possibilidades de comunicação e até mesmo de comunhão que a mídia detêm. Infelizmente o poder que ela detém, como tudo aliás, se revela portador de uma terrível ambigüidade. Quando se deixa manipular, como ocorreu há cinco anos atrás, ela se constitui numa máquina de perversão, capaz de transformar a mentira em verdade e criar fatos inexistentes. E mesmo depois da descoberta de haver sido enganada, com poucas exceções, falta humildade para reconhecer seus erros.
Segunda lição: Em nossos dias já não se justifica nenhum tipo de invasão. Compreende-se que haja situações nas quais uma força multinacional, mas multinacional de fato, entre em ação para evitar males maiores. Este foi o caso da antiga Yuguslávia de uma década atrás. A Nato interveio para colocar ordem, e tão logo conseguiu seus objetivos, retirou todas as tropas. As nações que surgiram por um já previsível desdobramento ficaram agradecidas. Inclusive hoje passam a ser apontadas como exemplos de convivência entre inimigos aparentemente irreconciliáveis. O que não se pode compreender é que uma nação se julgue no direito de implantar sua “democracia” ao custo de milhares de vidas e trilhões de dólares.
Terceira lição: Não são só as lamentáveis doenças de cunho genético que devem merecer maior atenção. Elas afetam relativamente poucas pessoas quando se faz uma comparação com os mutilados pelas inúmeras formas de violência, das quais a mais chocante é a guerra. A invasão do Iraque não apenas sacrificou milhares de vidas, como produziu milhões de deficientes. Falar em “milhões de deficientes” não é expressão retórica, quando junto com as mutilações físicas das pessoas diretamente envolvidas, se consideram também os incontáveis mutilados em seu psiquismo, em sua afetividade e em sua moralidade.
Quarta lição: A invasão do Iraque veio comprovar, uma vez mais, a hipocrisia que comanda muitos dos aparentemente “bons sentimentos” proclamados. Por um lado se instrumentalizam os portadores de deficiências genéticas, expondo-os de tal forma que neles parecem concentrar-se todos os males do mundo. Sem negar estes sofrimentos, e sem negar a necessidade de um empenho para evitá-los ou minorá-los, desde que sejam respeitados os pressupostos éticos, não se compreende como é possível silenciar sobre aquelas legiões de mutilados que nada têm a ver com a genética, mas são produto direto da maldade humana. Nesta mesma linha de se exagerar de um lado e se tornar cúmplice silencioso por outro, convém lembrar aqui toda a movimentação feita há pouco em torno dos anencéfalos. Há algum tempo atrás parecia que todo concepto brasileiro era um anencéfalo em potencial. Agora que eles foram retirados de cena, parece que toda pessoa com um pouco mais de idade é candidata aos males de Alzheimer e de Parkinson.. Dentro de alguns meses eles serão esquecidos e outros personagens serão jogados no palco.
Quinta lição: Fica cada dia mais difícil de entender a lógica de quem, em nome da democracia a ser exportada para o mundo inteiro, implanta a maior ditadura da história até dentro de suas próprias fronteiras. Em nome da segurança criam-se mecanismos que violam os mais sagrados direitos humanos, justificando-se inclusive a tortura. Neste contexto convém não esquecer que a paranóia é uma doença terrível, que afeta não apenas indivíduos, como até povos inteiros. E o pior é que a paranóia tende a se alastrar para o mundo todo. Qualquer ser humano que se apresente é um inimigo em potencial.
Conclusão: Felizmente existem muitas outras nações que, mesmo tomando medidas de segurança, caminham no sentido contrário. É o caso da União Européia que, apesar de enfrentar não poucos problemas sobretudo em relação aos imigrantes, dá largos passos em direção a um mundo literalmente sem fronteiras. Desta forma, enquanto uns constroem muros cada vez maiores e mais vergonhosos, outros parecem haver compreendido que só há segurança onde forem construídos laços de confiança.
(*) PROF. DR. ANTÔNIO MOSER - É frade da Província Franciscana da Imaculada Conceição, professor do ITF e Assessor da CNBB para assuntos de Bioética.

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Cristão "dengoso"
Cristão, que fica parado, pode se infectar com o vírus do marasmo da fé
A+A-
A dengue é atualmente um grave problema de saúde pública no Brasil. É possível combater esse mal com cuidados muito simples, como esvaziar vasilhas com água e verificar se não existem reservatórios de água parada em nossos jardins. Mas isso exige uma atenção especial de toda a população. Adianta pouco colocar o exército na rua com canhões de um gás qualquer. A solução para a dengue está dentro de nossas casas... em um mutirão de responsabilidade. Todos precisam estar atentos, pois uma simples picada do mosquito transmissor pode significar até a morte de mais alguém. As crianças são as mais indefesas e vulneráveis. Ando pelo Brasil e vejo que as autoridades e órgãos responsáveis estão fazendo a sua parte de alertar a população. É impressionante que uma epidemia, que já matou uma centena de pessoas no Rio de Janeiro, tenha sua origem simplesmente em poças de água parada. Resolvi refletir sobre esse tema.
Quando fui à Terra Santa pela primeira vez, um judeu me perguntou se eu sabia a diferença entre o Mar da Galiléia e o Mar Morto. Disse que sabia que o primeiro era de água doce, cheio de vida e o segundo tinha altíssimo grau de salinidade. Ao seu redor não há vegetação nem vida. É com razão chamado de "Mar Morto". Ele me disse que era isso mesmo. Mas perguntou qual seria a razão desta situação de vida e morte. Respondi que de fato não sabia. Ele me disse que o Mar da Galiléia tem vida porque recebe as águas das montanhas e não fica com elas para si... deixa-as saírem para o deserto formando o Rio Jordão, onde Jesus foi batizado. E esse rio vai desaguar no Mar Morto. Mas o segundo mar mencionado é egoísta... não entrega suas águas. Por isso fica morto.
Ser cristão é seguir o exemplo do Mar da Galiléia. Rezamos "venha a nós o vosso Reino... dai-nos o pão de cada dia", mas também nos comprometemos com o amor, com a solidariedade e o perdão. Não podemos viver como a água parada do Mar Morto. Em água estagnada cria-se o mosquito da dengue. Cristão parado é cristão “dengoso”. Aliás, nem é bem cristão... é “tristão”.
Ultimamente a Igreja tem insistido muito que todo cristão é um missionário. É isso mesmo. Precisamos viver nossa fé no caminho, sempre anunciando a vida em Jesus. Todos nós somos evangelizadores. Cristão que só fica sentado na igreja ouvindo o padre é também um cristão "dengoso". Está infectado pela epidemia do marasmo religioso. Sua fé é morta... é salgada... é triste.
O verdadeiro cristão é um riacho... nunca uma poça de água parada. Não precisa ter carro ou avião para ser um grande missionário. Santa Terezinha do Menino Jesus tinha um coração missionário que voava pelo mundo inteiro por meio da intercessão. Sua solidariedade espiritual atingia os quatro cantos da terra. Há pessoas que pela sua postura de fé – mesmo presas a uma cama, em um hospital – mudam um lugar de morte em um “Mar da Galiléia”, um lugar de pescas milagrosas. O lugar é a gente quem faz.
Vamos combater a epidemia de dengue espiritual de nossas paróquias! Não basta ir à Santa Missa, é preciso sair em missão. Não pense que isso exige ir muito longe. Cada um de nós com menos de 25 anos certamente já andou 10 vezes mais quilômetros que Jesus em seus 33 anos de vida. A missão não se mede pelo velocímetro, mas pelo coração.